«Que o teu filho viva amanhã no mundo dos teus sonhos»
Amílcar Cabral, Outubro de 1944

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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Andorinha em saudação

A Bankada Andorinha saúda o novo ano lectivo na República da Guiné-Bissau: que seja vivido com sucessos, trabalho, alegrias, salários, festa, paz... e Língua Portuguesa, promovendo da melhor forma directores, professores, alunos e comunidades - a bem da Nação.

A propósito, divulgamos este pequeno vídeo de crianças no Jardim-de-Infância Joaquim Baticã Ferreira de Canchungo, que com a incansável Aissatú Lucinda Embaló (vulgo Tucha), estabeleceram intercâmbio com o Centro de Apoio à Pequena Infância – Toca de Capi e associação Engenho e Arte em Messejana (Portugal), no âmbito do Projecto Andorinha – Promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa – um intercâmbio de escolas portuguesas e escolas na Região de Cacheu, Guiné-Bissau.

domingo, 14 de agosto de 2011

Andorinha em 2010-2011


Chegados ao final do ano lectivo de 2010-2011, a Bankada Andorinha faz um balanço das suas actividades, segundo os objectivos gerais traçados e aprovados no plano de actividades:

- Legalização e montagem da associação Bankada Andorinha;
Ao longo do ano realizamos diversos contactos para podermos encontrar os apoios para conseguirmos concretizar este objectivo – que acalentamos a partir do segundo ano de existência das iniciativas Andorinha. Neste momento, estamos a ser apoiados pelo GEIOJ – Gabinete de Estudo, Informação e Orientação Jurídica da Faculdade de Direito de Bissau na elaboração dos respectivos estatutos e o mais importante tem sido a participação activa e interessada de diversos elementos da Bankada Andorinha na concepção e redacção dos diferentes artigos, gerando discussões e sugestões. Seguir-se-á a busca de se angariar o montante necessário para os custos de legalização.

- Reforço das bankada Andorinha nos sectores de Canchungo, Cacheu, Caió e Bissau;
Na cidade de Canchungo nasceu mais uma bankada Andorinha, em Beira Mar, e outras bankada Andorinha foram remodeladas ao longo deste ano lectivo, como aconteceu em Petabe, Tame e Cacheu. O dia de comemoração do 3.º Aniversário da Bankada Andorinha reuniu representantes de todas as bankada Andorinha e revelou-se um momento importantíssimo para confirmar e renovar as suas dinâmicas.

- Consolidação dos programas radiofónicos Andorinha na Rádio Comunitária Uler A Baand e Rádio Babok;
Há vários meses que a Rádio Babok se vê forçada a encerrar a sua emissão diária pelas 20 horas, devido ao corte de fornecimento de energia eléctrica por parte da Guinitel em Canchungo; por este motivo, o programa Andorinha na grelha de programação aos domingos, das 21h00 às 22h00, não tem sido realizado.
Na Rádio Comunitária Uler A Baand, o programa Andorinha é mantido desde 24 de Abril de 2008 todas as quintas-feiras das 20h30 às 21h30, agora assegurado por jovens da Bankada Andorinha: Maria Alice da Silva, Sinfon Djata, Dona Paula Mendes, Djenabú Djaló – com o apoio dos técnicos Sene Corobó, Siaca Fati, DJ Sillas, Sandi Nanqui.

- Aumentar a presença de bankada Andorinha nas Escolas;
No início do ano lectivo, foram repetidas sessões de sensibilização em escolas na cidade de Canchungo: Escola 1.º de Junho, Escola ADRA – Adventista, Escola EBU.
No Liceu Regional Hô Chi Minh, os elementos da Bankada Andorinha que o frequentam, viram a sua acção reforçada pelo alargamento do PASEG – Programa de Apoio ao Sistema Educativo da Guiné-Bissau e da consequente abertura de uma Oficina de Língua Portuguesa.
Na Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Tomás Nanhungue” em Tame, que este ano lectivo também consolidou o seu crescimento para Liceu, a bankada Andorinha foi renovada por uma direcção que continua a manter uma distribuição equilibrada entre professores e alunos nos diversos cargos.
No Liceu Domingos Mendonça em Cacheu também a direcção da bankada Andorinha foi renovada, consolidando a sua presença neste estabelecimento de ensino.
No Liceu Daniel Brottier em Calequisse foi fundada uma bankada Andorinha, por alunos e alguns professores, com o apoio do director Martinho Mendes.

- Expansão de bankada Andorinha para os sectores de Calequisse e Bula;
No sector de Calequisse foi fundada uma bankada Andorinha no Liceu Daniel Brottier e no sector de Bula o inspector-formador sectorial Mário Coluna da Direcção Regional de Educação assumiu este compromisso para o próximo ano lectivo.

- Montagem de um grupo de teatro Andorinha em Língua Portuguesa;
A primeira iniciativa por parte dos jovens da Bankada Andorinha surgiu espontaneamente na actividade “Nô Pensa Cabral!”, ao dramatizarem alguns episódios da vida de Amílcar Cabral e da Luta de Libertação Nacional a 20 de Janeiro no largo do Comité de Estado em Canchungo. Em Junho foi ensaiada uma representação de apresentação da Bankada Andorinha para as comemorações do patrono do Liceu Regional Hô Chi Minh em Canchungo. Desejamos que tenha ficado a semente para se afirmar este grupo, que se poderá revelar um instrumento criador de novas e enriquecedoras dinâmicas.

- Contribuição para o reforço dos Centros de Desenvolvimento Educativo da Região de Cacheu.
Foi mais um ano em que a Bankada Andorinha conseguiu angariar mais obras para entrega ao CDE de Canchungo – nomeadamente o conjunto de publicações que tínhamos reunido em Portugal de diversas ofertas (ACIDI – Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, GEED – Gabinete de Estudos para a Educação e Desenvolvimento, União Latina, Porto Editora).
A Bankada Andorinha desde que este CDE foi inaugurado em Canchungo a 1 de Setembro de 2008, tem sido assim o maior contribuinte para aumentar o seu espólio bibliográfico, não só em termos de quantidade mas sobretudo em termos de qualidade e diversidade temáticas.
Por outro lado, entregamos aos CDE´s de Canchungo e Calequisse, e ao Centro de Recursos de Cacheu, malas contendo as Biblioteca Azul da Organização Mundial de Saúde, através da rede ePORTUGUÊSe, melhorando o acesso a uma palete riquíssima de manuais e outros materiais na área de Saúde – o que foi sumamente valorizado pela Direcção Regional de Saúde de Cacheu.
Todavia, este espólio continua a não incluir gramáticas de Língua Portuguesa, o mais necessário para os jovens da Bankada Andorinha – e para qualquer estudante e professor na Guiné-Bissau. Assim como continuamos a não conseguir financiamento para se comprar obras guineenses editadas na Guiné-Bissau por editoras guineenses – nomeadamente pela Ku Si Mon Editora e o INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa.

Este ano registamos o convite endereçado à Bankada Andorinha para participarem em diversas cerimónias, eventos e seminários, consolidando o reconhecimento do papel destes jovens como parceiros para o desenvolvimento da cidade de Canchungo e da Região de Cacheu – e da Guiné-Bissau.
Conseguimos também concretizar o intercâmbio com a AJALPD – Associação de Jovens Amigos da Língua Portuguesa para o Desenvolvimento, colaboração que ambas as partes pretendem aprofundar e consolidar.
Por último, constatamos e sentimos que a iniciativa “Nô Pensa Cabral!” a 20 de Janeiro, pelo quarto ano organizado pelos jovens na cidade de Canchungo e este ano também em Cacheu, é a actividade que mais empolga e motiva a Bankada Andorinha para continuar o seu vôo...

Ao nível da divulgação, registamos que o blogue Andorinha em Canchungo é já um sítio de referência na Internet sobre a Guiné-Bissau – soma mais de 16.000 vistas – e que no Facebook atingimos cerca de 3.500 amigos, sobretudo de guineenses na Guiné-Bissau e na diáspora (Senegal, Gâmbia, Marrocos, Argélia, EUA, Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Rússia, Turquia, etc), bem como diversos outros cidadãos da Língua Portuguesa (Cabo Verde, Moçambique, Angola, Portugal, Brasil, São Tomé e Príncipe, Damão). Neste âmbito, a visita da expedição Latitude Zeroº – Rota Ingoré 2011, com uma equipa de reportagem da TVi, foi muito importante para todos nós. A todos os nossos agradecimentos – bem-hajam!

De salientar, que esta é uma iniciativa concebida e protagonizada por jovens alunos e professores guineenses, às expensas de trabalho voluntário e esforço e empenho de cada um – sem qualquer apoio de instituições portuguesas responsáveis pela promoção da Língua Portuguesa...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Andorinha em dois anos de intercâmbios escolares

Foram cinco as escolas portuguesas que iniciaram Projecto Andorinha – Promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa – um intercâmbio de escolas portuguesas e escolas na Região de Cacheu, Guiné-Bissau. No ano lectivo seguinte juntaram-se mais duas escolas (Agrupamento de Escolas José Saraiva em Leiria – projecto Nós Com África – e Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 1 de Messejana), um jardim-de-infância (Centro de Apoio à Pequena Infância – Toca de Capi e associação Engenho e Arte de Messejana), um grupo paroquial (de Várzea) e uma associação juvenil (do projecto PRT – Todos Ao Largo! no concelho de Ferreira do Alentejo).
Recordamos que este projecto tem como objectivo a montagem de um projecto bilateral de troca de experiências e intercâmbio entre um estabelecimento de ensino de Portugal e de um congénere na Região de Cacheu (Guiné-Bissau), que poderá proporcionar múltiplas vantagens recíprocas – e despoletar diversas acções de cooperação. Com efeito, a troca de correspondência escolar entre directores, professores e alunos, certamente aumentará o domínio da escrita em Língua Portuguesa entre os guineenses e promoverá o conhecimento sobre a Guiné-Bissau entre os portugueses.

Neste momento, os intercâmbios bilaterais entre Portugal e a Guiné-Bissau estão assim montados e têm um seguimento da Direcção Regional de Educação de Cacheu:
- Escola EB 2,3 Dr. Joaquim Magalhães de Faro | Liceu Regional Hô Chi Minh de Canchungo;
- Agrupamento de Escolas de Mondim de Basto | Escola Pública de Iniciativa Comunitária de Cabienque;
- Agrupamento de Escolas de Vila Caíz | Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Tomás Nanhungue” de Tame e das escolas anexas de Pencontche, Guepite, Pepas, Cabeh e Canuan;
- Agrupamento de Escolas do Marão | Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Prof. Henrique Bamba Ferreira” de Canhobe e escola anexa de Teteo;
- Agrupamento de Escolas de Armação de Pêra | Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Prof. Martinho Gomes” de Pelundo e das escolas anexas de Catchate e Cátel;
- Grupo Paroquial de Várzea | Escola EBE de Betenta;
- Agrupamento de Escolas José Saraiva em Leiria – projecto Nós Com África | Liceu Daniel Brottier de Calequisse;
- Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 1 de Messejana | Escola Pública de Iniciativa Comunitária de Pantufa e escola anexa Segunda Bolanha;
- Centro de Apoio à Pequena Infância – Toca de Capi, associação Engenho e Arte e Junta de Freguesia de Messejana | Jardim-de-Infância Joaquim Baticã Ferreira de Canchungo;
- Associação juvenil do projecto PRT – Todos Ao Largo! no concelho de Ferreira do Alentejo | Bankada Andorinha em Canchungo.

Para o próximo ano lectivo de 2011-2012 pretendemos fortificar estas relações entre alunos, professores, directores e comunidades, entre Portugal e a Guiné-Bissau, estando desde já em perspectiva novas adesões de pares de escolas para o alargamento deste projecto.
A Andorinha continua a proporcionar vôos de intercâmbio e de solidariedade...

domingo, 24 de julho de 2011

Andorinha em TVi - adiamento!


Car@s amig@s
A Direcção de Programas da TVi afinal não agendou a reportagem sobre a expedição da Latitude Zeroº – Rota Ingoré 2011 na Guiné-Bissau para a noite do dia 25 de Julho, sem qualquer justificação e sem apontar nova data! O que lamentamos...
Apelamos a todos que continuem atentos até podermos divulgar a nova data e hora da transmissão da referida reportagem.
Gratos pela vossa compreensão, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Bankada Andorinha

domingo, 17 de julho de 2011

Andorinha em TVi - a reportagem

No dia 25 de Julho, depois do telejornal das 20 horas – entre as 20h30 e as 21h00 – a TVi em Portugal irá apresentar a reportagem (de 30 minutos) realizada sobre a expedição da Latitude Zeroº – Rota Ingoré 2011 pela Guiné-Bissau.
Recordamos que durante nove dias (de 24 de Fevereiro a 4 de Março de 2011), António Vieira, jornalista, e Norberto de Sousa, operador de imagem, da TVi acompanharam esta expedição por Bissau – Ilhandé – Buba – Nhala – Guileje – Iemberem (Parque de Cantanhez) – Mato de Lautchande – Bambadinca – Bafatá – Farim – Bigene – Ingoré – Quinhicam – Canchungo – Cabienque – Tame – Canhobe – Ponta Pedra – ilha de Pecixe – Bissau.
Em Canchungo, na Região de Cacheu, o tema será a Bankada Andorinha e o seu projecto de promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa.
[Nota: para quem está fora de Portugal, já sabem podem ver via Internet no endereço www.tvi.pt]

domingo, 10 de julho de 2011

Andorinha em teatro em Língua Portuguesa

O Liceu Regional Hô Chi Minh em Cacheu a 19 de Maio não pôde comemorar o dia do seu patrono, como todos os anos, devido a uma greve de professores a nível nacional, continuando a reivindicar os seus direitos perante o Ministério da Educação Nacional, Cultura, Ciência, Juventude e dos Desportos.

Devido a este acontecimento, a Bankada Andorinha não pôde apresentar a peça teatral que tinha concebido e ensaiado em Língua Portuguesa para participar nas comemorações deste ano. Todavia serviu como bom pretexto para se semear uma ideia que já se acalenta há muito tempo: a criação do grupo teatral Andorinha em Língua Portuguesa.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Andorinha em 3.º aniversário – concursos em Língua Portuguesa

No dia 14 de Maio, as comemorações do 3.º aniversário da Bankada Andorinha terminaram com o programa da noite: o concurso de poesia em Língua Portuguesa e o concurso de músicos de nobagerason em Língua Portuguesa. À partida era o que todos perspectivavam como as iniciativas mais arriscadas, descrentes que alguém pudesse aderir – também porque eram as apostas mais inovadoras...

Com efeito, para o concurso de poesia os nossos requisitos estipulavam que teria de ser apresentada uma poesia original em Língua Portuguesa, declamada pelo próprio e com uma temática sobre a Língua Portuguesa.
O concurso foi organizado por Samba João Gomes e como júris estiveram Vilson Gomes e Ussumane, dois jovens professores de Língua Portuguesa no Liceu Regional Hô Chi Minh em Canchungo. A concurso apresentaram-se sete concorrentes, com as seguintes classificações: o 1.º lugar foi atribuído a Francisco Gomes, vulgo Dojusti; o 2.º ex-quo a Zelia Mendes, Jesuina Mendes, Djenabú Djaló e Mamadú Lamine Bari.
Estes foram os primeiros corajosos a subirem ao palco e sabemos que ficou uma semente para em próximo concurso aparecerem muitos mais...

O desafio para os músicos de nobagerason da Região de Cacheu cantarem em Língua Portuguesa era tido como ainda mais inverosímil! De facto, os músicos nobagerason estão intrinsecamente ligados à musicalidade e criatividade expressiva do próprio kriol! Para além disso, o desafio era interpretarem uma música original em Língua Portuguesa, interpretados pelos próprios e ao vivo – sem recorrerem ao habitual playback...
O concurso foi organizado por Dionysius Aristides Charles Teodorico de Sousa Barbosa, vulgo Zico, e à partida tivemos a boa surpresa de registarmos treze inscrições. No palco, a apresentação e animação esteve a cargo de Sinfon Djata e Djenabú Djaló e no júri contamos com Seco Camará, vulgo DJ Sillas, e Siaca Fati, da Rádio Comunitária Uler A Baand, e com Mário Banjaqui, da Rádio Babok, os mais carismáticos divulgadores da música nobagerason na região.
A boa surpresa foi os músicos a concurso cantarem a Língua Portuguesa e a Bankada Andorinha – ficamos com três hinos à nossa actividade. Foi a seguinte a classificação: o 1.º lugar foi atribuído a Férju Gomes, o 2.º a DJ Pereira, o 3.º a Jesy, o 4.º a Gico de Charme, o 5.º a Jonys Olivier e a Cris Broon.
Para o 1.º e 2.º lugar temos o patrocínio de Henrique Figueiredo – um amigo que desde o início do programa Andorinha nos faculta grande parte da variedade e riqueza musical em hip hop rap reggae em Língua Portuguesa produzido em Portugal – para que os músicos possam produzir a maqueta de cada música em Bissau.
Seguiu-se a animação nocturna, com actuação de músicos de nobagerason e DJ’s da Região de Cacheu.

Estas comemorações do 3.º aniversário da Bankada Andorinha – de manhã, de tarde e à noite – não teriam sido possíveis sem o generoso e incondicional apoio da COAJOQ – Cooperativa Agro-Pecuária de Jovens Quadros. Contou ainda com pequenos apoios monetários da Casa Nasser, de Aguinaldo Sanhá (Delegado Regional do Comércio), da ASSOFITA – Associação dos Filhos de Tame, de Domingos Gomes (Coordenador do programa P.F.F. da Aldeia SOS Crianças), da Casa Fares, de Vincent Gomis (GRDR), de Mário Pereira (comerciante), de Arnaldo Pereira Gomes (professor). A todos os nossos agradecimentos!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Andorinha em TSF - versão audio

«António Alves, licenciado em Sociologia e mestre em Extensão e Desenvolvimento Rural, chegou a Canchungo na região guineense de Cacheu em Setembro de 2006, como técnico-formador-voluntário de uma ONG portuguesa (no âmbito da Cooperação Portuguesa). Desde essa altura António Alves tem vindo a desenvolver um projecto que começou por ser meramente escolar mas que hoje passou essas fronteiras: em co-autoria com um professor do liceu local, iniciou o programa semanal Andorinha na Rádio Comunitária Uler A Baand, que tem como objectivo a promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa. De imediato, conta António Alves, jovens estudantes tomaram a iniciativa de se organizarem em bankada*, para ouvirem o programa Andorinha e "praticarem a oralidade e ultrapassarem o receio de falarem em português"! A 24 de Abril a Bankada Andorinha em Canchungo na Guiné-Bissau completou três anos de surgimento e realização de diversas actividades em prol da promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa. Neste programa vamos conhecer o trabalho de António Alves e porque o faz.»

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Andorinha em TSF

A Bankada Andorinha será tema do programa Mais Tarde ou Mais Cedo na TSF em Portugal no dia 27 de Junho. Entre as 15h00 e 16h00, João Paulo Meneses irá entrevistar António Alberto Alves, sociólogo e voluntário durante cinco anos em Canchungo na Guiné-Bissau, onde foi co-autor do programa Andorinha na Rádio Comunitária Uler A Baand e membro fundador da Bankada Andorinha.
Vejam http://www.tsf.pt/blogs/maiscedo/default.aspx e sintonizem a TSF. Se não puderem ouvir em directo, podem mais tarde sintonizarem em podcast em http://www.podcasts.com.pt/podcasts/tsf-mais-cedo-ou-mais-tarde-143404.html

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Andorinha em 3.º aniversário – Festa Andorinha

No dia 14 de Maio, as comemorações do 3.º aniversário da Bankada Andorinha prosseguiram da parte da tarde com a já tradicional Festa Andorinha – o que realizamos pela terceira vez. Tem sido a oportunidade única de podermos reunir, pelo menos uma vez por ano, elementos de todas as bankada Andorinha espalhadas de Canchungo a Bissau.

Este ano tivemos a diversidade e riqueza de estarem representadas todas as bankada Andorinha. Assim, estiveram presentes elementos das bankada Andorinha de Betame, de Tchada, da Avenida Titina Sillá, da rua de Calequisse, da Beira Mar, bairros da cidade de Canchungo. Estiveram presentes elementos das bankada “Umeeni” de Petabe, da “União Faz A Força” de Tchulame, da Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Tomás Nanhungue” de Tame, da “Umé Alil” de Canhobe – de tabanka do sector de Canchungo. Estiveram presentes elementos das bankada Andorinha de Cajegute (sector de Caió), do Liceu Daniel Brottier (sector de Calequisse), do Liceu Domingos Mendonça (sector de Cacheu). Ainda estiveram presentes elementos da bankada Andorinha da Paróquia de Brá e da AJALPD – Associação de Jovens Amigos da Língua Portuguesa para o Desenvolvimento, de Bissau.

É uma festa porque podemos conhecer-nos melhor – com jogos e dinâmicas de apresentação – e podemos fazer conviver uma troca de experiências. Havia um microfone há disposição e cada bankada ficou responsável por realizar um pequeno momento de animação. Fica a questão que mais intrigou a plateia: “se o padre é o unico filho do pai do pedro, como sao padre e pedro?”.

Segue-se a festa festa festa: a aparelhagem solta a música guineense e não há ninguém que não baile, com uma explosão de alegria e ritmo, brincadeira e amizade! Foi bonita a festa, !

domingo, 12 de junho de 2011

Andorinha em 3.º aniversário – colóquio

Foi no dia 14 de Maio que a Bankada Andorinha concentrou as comemorações do seu 3.º aniversário. O dia iniciou-se de manhã com o colóquio “A presença da Língua Portuguesa no quotidiano da Guiné-Bissau”.
A sessão de abertura foi presidida por Ussumane Jandi, Director Regional de Educação – em representação de Dr. Besna Na Fonta, Secretário de Estado do Ensino, do Ministério da Educação Nacional, Cultura, Ciência, Juventude e Desportos da República da Guiné-Bissau.
Contou com as presenças de professores e directores de escolas integradas no projecto Andorinha, professores e directores de escolas com bankada Andorinha, inspectores-formadores da DRE, membros da Associação de Estudantes do Liceu Regional Hô Chi Minh, membros da direcção da AJALPD – Associação de Jovens Amigos da Língua Portuguesa para o Desenvolvimento, e sobretudo um alargado número de membros das diversas bankada Andorinha – de diferentes bairros da cidade de Canchungo e das tabanka de Petabe, Tchulame, Tame, Canhobe, Cajegute, bem como de Calequisse e Cacheu, bem como de Bissau.

O debate foi moderado e animado por Marcolino Elias Vasconcelos e durante mais de um par de horas a participação foi empenhada, calorosa, pertinente, originando um conjunto de conclusões e recomendações. Por exemplo, o lugar-comum de se apresentar a Língua Portuguesa como uma língua de trabalho foi contestado, uma vez que em todos os locais de trabalho, onde se inclui a Administração Pública, se constata quotidianamente que não é uma língua que esteja presente; todavia, por outro lado, assume-se antes como uma língua de educação e formação, uma vez que apenas nestes locais e instituições é que se está a realizar um esforço maior para que seja usado como instrumento privilegiado para se aceder ao conhecimento escolar e científico...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Andorinha em TVi

Durante nove dias (de 24 de Fevereiro a 4 de Março), António Vieira, jornalista, e Norberto de Sousa, operador de imagem, da TVi acompanharam a expedição da Latitude Zeroº – Rota Ingoré 2011 pela Guiné-Bissau: Bissau – Ilhandé – Buba – Nhala – Guileje – Iemberem (Parque de Cantanhez) – Mato de Lautchande – Bambadinca – Bafatá – Farim – Bigene – Ingoré – Quinhicam – Canchungo – Cabienque – Tame – Canhobe – Ponta Pedra – ilha de Pecixe – Bissau.
Se um dos objectivos era testemunharem que se encontravam num país de Paz, com um povo hospitaleiro e caloroso, foi o que sentiram desde que desembarcaram e consolidaram ao longo dos dias da estadia. Se outro dos objectivos era registarem histórias e imagens positivas em diversas áreas do quotidiano, nomeadamente de boas práticas nos âmbitos da Educação e Saúde, também foi plenamente conseguido! Ficamos a aguardar com curiosa ansiedade o documentário de trinta minutos que está ser produzido e irá ser apresentado em breve na programação da TVi.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Andorinha em intercâmbio escolar

No dia 12 de Maio foi entregue em Canchungo uma encomenda do Agrupamento de Escolas de Vila Caíz aos professores Madalena Lopes e Bernardo Gomes, director da Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Tomás Nanhungue” de Tame e escolas anexas de Pencontche, Guepite, Pepas, Cabeh e Canuan, no âmbito do Projecto Andorinha – Promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa – um intercâmbio de escolas portuguesas e escolas na Região de Cacheu, Guiné-Bissau.
«Esta semana recebemos muitas cartas dos alunos do Liceu Daniel Brottier, de alguns professores e do Sr. Director e professor Martinho Mendes.
É a concretização do intercâmbio, iniciado este ano lectivo, entre a Escola José Saraiva de Leiria e o Liceu Daniel Brottier, em Calequisse, na Guiné-Bissau, no âmbito do projecto Andorinha. A troca de saberes e experiências, diferentes, vivenciadas nas duas escolas contribuirão certamente para a divulgação da Língua e Cultura Portuguesas bem como para o enriquecimento cultural dos professores e alunos dos dois estabelecimentos de ensino.» [ver www.noscomafrica.blogspot.com]


São estas Andorinhas a voarem de Portugal para a Guiné-Bissau e da Guiné-Bissau para Portugal, em intercâmbios escolares pela Língua Portuguesa.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Andorinha em CDE de Canchungo


No dia 9 de Maio, foi entregue a terceira Biblioteca Azul no Centro de Desenvolvimento Educativo, na presença de Alfredo Manuel Biague, Director Regional de Educação, Francisco Amadú Baldé, Vice-Director Regional de Saúde, Marciano Vicente Vaz, farmacêutico, Inussa Biai, da Cruz Vermelha do Sector de Canchungo, Abdú Biai, Coordenador Regional da AGUIBEF – Associação Guineense de Bem-Estar Familiar, e Dulcineia Pereira, presidente da CONGAI. Contou com a cobertura noticiosa da Rádio Comunitária Uler A Baand, Rádio Babok e Rádio Sol Mansi.
Recordamos que «a rede ePORTUGUÊSe da OMS é uma plataforma desenvolvida para fortalecer a colaboração entre os países de língua portuguesa nas áreas da informação e capacitação em saúde. A Biblioteca Azul é um projeto desenvolvido pela OMS em parceria com o Ministério da Saúde do Brasil e o Alto Comissariado da Saúde de Portugal para disseminar informações básicas em saúde para zonas rurais e áreas distantes e carentes de informação.»

Aproveitamos para também realizar a entrega formal do conjunto de publicações que tínhamos reunido em Portugal de diversas ofertas (ACIDI – Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, GEED – Gabinete de Estudos para a Educação e Desenvolvimento, União Latina, Porto Editora).
A Bankada Andorinha desde que este CDE foi inaugurado em Canchungo a 1 de Setembro de 2008, tem sido assim o maior contribuinte para aumentar o seu espólio bibliográfico, não só em termos de quantidade mas sobretudo em termos de qualidade e diversidade temáticas. É um dos objectivos da Bankada Andorinha a angariação de livros novos, de temáticas pertinentes e de uso útil, procurando ir de encontro às necessidades locais dos guineenses – um dos objectivos mais acarinhados é a disponibilização de obras guineenses editadas na Guiné-Bissau.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Andorinha em Umeeni


No dia 8 de Maio a Bankada Andorinha foi convidada e esteve presente na cerimónia de empossamento do novo presidente eleito, Samuel Mendes, da bankada Andorinha “Umeene” de Petabe.
Júlio Lima fundou esta bankada Andorinha na sua tabanka e liderou-a durante mais de um ano até à sua consolidação. Neste momento, invocando os seus inúmeros afazeres profissionais e associativos, manifestou que seria tempo de dar lugar a uma nova liderança. Ficou eleito vice-presidente.
Recordamos que umeeni, significa em língua mandjaka “o lugar onde se busca o conhecimento”!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Andorinha em Rota de Ingoré 2011 – apontamento VII

Se um dos principais objectivos da Latitude Zeroº para a expedição Rota de Ingoré 2011 era a de «contribuir para a promoção da Língua Portuguesa, como factor de união entre todos os povos da CPLP», na área do Ensino a Bankada Andorinha organizou a visita a algumas das escolas que fazem parte do Projecto Andorinha – Promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa – um intercâmbio de escolas portuguesas e escolas no sector de Canchungo, Região de Cacheu, Guiné-Bissau.
Era importante que pudessem conhecer escolas que são iniciativas dos próprios guineenses e que são exemplarmente geridas pelas próprias comunidades, que apoiam os directores, professores e alunos, organizadas de forma associativa. No dia 01 de Março a expedição foi encaminhada para visitar a Escola Pública de Iniciativa Comunitária de Cabienque, co-gerida pela AFIR – Associação dos Filhos e Irmãos de Cabienque. A paragem seguinte foi a Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Tomás Nanhungue” de Tame – que possui escolas anexas em Pencontche, Guepite, Pepas, Cabeh e Canuan –, co-gerida pela ASSOFITA – Associação dos Filhos de Tame. Por último, foi visitada a Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Prof. Henrique Bamba Ferreira” de Canhobe – que possui escola anexa em Teteo – co-gerida pela ASSOFAC – Associação dos Filhos e Amigos de Canhobe.
«São escolas de iniciativa comunitária por diversas razões: a principal é que foram construídas pela própria comunidade onde se inserem, respondendo a uma necessidade que não era realizada pelas estruturas oficiais regionais e nacionais de Educação. Ao mesmo tempo são escolas públicas porque a mesma comunidade, depois de construídas e apetrechadas as salas de aula com as carteiras e quadro negro, as entrega à Direcção Regional de Educação (Ministério da Educação) para que o ensino possa ser reconhecido, bem como o vínculo dos professores efectivos e contratados, os certificados dos alunos, etc.
São escolas de iniciativa comunitária porque para além da direcção da escola existe um Comité de Gestão, que incorpora os representantes da associação de tabanka – é a associação que não só associa os residentes mas, pormenor mais importante, também os denominados “filhos da tabanka”, ou seja, emigrantes, que quer estejam na tabanka ao lado ou em Canchungo ou Bissau, ou no Sénégal, Cabo Verde, Guiné Conakry, ou na Europa (Portugal, Espanha, Suécia, etc) não deixam de pagar as respectivas quotas e participar na definição das necessidades da sua terra! [O povo mandjako é das etnias que mais emigra da Guiné-Bissau]
São igualmente escolas de iniciativa comunitária porque a comunidade paga um subsídio aos professores, sobretudo a pensar nos professores contratados, que é o que permite que as aulas se iniciem o mais depressa possível, não esperando pela abertura oficial do ano lectivo decretado pelo Ministério da Educação! Quando esse subsídio provém do orçamento geral da associação de tabanka, da quotização global dos seus associados, representa um empenho e compromisso de toda a comunidade para com a sua Escola; quando o subsídio provém dos pais que têm alunos na escola poderá pôr em causa o princípio do ensino universal e gratuito consagrado na própria constituição da república mas não deixa de vincar um compromisso da comunidade para viabilizar a sua Escola.»
Segundo dados recolhidos no ano lectivo de 2007-2008, num trabalho liderado por Faustino Paulo Mango, estatístico da Direcção Regional de Educação, a Região de Cacheu contabilizava 58 Escolas Públicas de Iniciativa Comunitária, ou seja, 28,7% do parque escolar da região.
 De regresso a Canchungo, visitamos a Escola Prof. Antero Sampaio, que deu continuidade à herança da fundação em 1948 da Escola de Missão Católica, e hoje em dia continua a ser uma referência, por todos reconhecida, do ensino em Língua Portuguesa. Em particular, foi momento alto a homenagem que obsequiamos ao actual director, Padre José Marques Henriques, o português residente há mais tempo nesta cidade – profundo conhecedor, e também defensor, do kriol e da língua mandjaka.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Andorinha em Biblioteca Azul da OMS

Foi em meados de 2010 que a Bankada Andorinha teve conhecimento do projecto Biblioteca Azul da Organização Mundial de Saúde, através da rede ePORTUGUÊSe, e de imediato se disponibilizou para organizar a sua colocação em localidades do interior da região a sul do rio Cacheu.
* [«A rede ePORTUGUÊSe da OMS é uma plataforma desenvolvida para fortalecer a colaboração entre os países de língua portuguesa nas áreas da informação e capacitação em saúde. A Biblioteca Azul é um projeto desenvolvido pela OMS em parceria com o Ministério da Saúde do Brasil e o Alto Comissariado da Saúde de Portugal para disseminar informações básicas em saúde para zonas rurais e áreas distantes e carentes de informação.
O projeto Biblioteca Azul existia apenas nas versões em inglês e francês, mas a partir de 2006, este projeto estendeu-se para o português. A coleção em português contém mais de 180 livros, documentos e manuais sobre saúde pública, gestão, políticas de saúde, além de temas específicos como saúde da mulher e da criança, doenças infecciosas, SIDA, malária entre outros.»]

Em Fevereiro, três embalagens de Biblioteca Azul foram enviadas de Genebra (Suiça) para Bissau, ficando no Escritório do Representante da OMS para a Guiné-Bissau. Tivemos o apoio logístico da CONGAI – Confederação das Organizações não Governamentais e Associações Intervenientes ao Sul do Rio Cacheu, para o seu transporte de Bissau para Canchungo.
No dia 7 de Maio, com o apoio da CONGAI, Clemente Mendes, presidente da Bankada Andorinha, acompanhado por Alfredo Manuel Biaga, Director Regional de Saúde de Cacheu, procederam à distribuição e entrega de duas das Biblioteca Azul.
Em Calequisse, foi entregue no Centro de Desenvolvimento Educativo Daniel Brottier, na presença do respectivo bibliotecário, Júlio Gomes, do professor Martinho Mendes, director do Liceu Daniel Brottier – também representando a Missão Católica de Bajobe –, e de Flaviano Manduaro Correia, presidente da AJUC – Associação dos Jovens Unidos do Sector de Calquisse.

Em Cacheu, foi entregue no Centro de Recursos, na presença do respectivo bibliotecário, Nunque Gomes – que também representava a Missão Católica das Irmãs Franciscanas na Região de Cacheu –, de António Monteiro, presidente da AFASCA – Associação dos Filhos e Amigos do Sector de Cacheu, e de Luís Ucó Pereira, da Comissão de Reabilitação de Pessoas com Deficiência do Sector de Cacheu.

Os diversos discursos destacaram a riqueza do espólio bibliográfico agora disponibilizado na região. Com efeito, é a seguinte a catalogação do seu conteúdo: cartilhas e folhetos (assuntos diversos; Cuidados de Enfermagem, Saúde Comunitária, Educação em Saúde e Atenção Básica; Epidemiologia, Câncer e Doenças Não Transmissíveis; Gestão e Administração em Saúde; Aleitamento Moderno, Nutrição e Alimentação; SAÚDE Perinatal e Materno, Planeamento Familiar; Saúde da Criança; Medicamentos Essenciais, Dependência de Substâncias Psicoativas; Doenças Infecciosas e Vacinação; Doenças Parasitárias e Controle de Vectores; Doenças Sexualmente Transmissíveis – VIH/SIDA, DST; Cirurgia, Anestesia e Cuidados Hospitalares; Técnica de Laboratório, Biosegurança, Hemovigilância.

Os nossos agradecimentos a Alfredo Manuel Biaga, Director Regional de Saúde de Cacheu, Agostinho Sadjá Mané, do Escritório do Representante da OMS para a Guiné-Bissau, e a Augusto Mango, secretário executivo da CONGAI. Um agradecimento muito especial a Dr.ª Regina Ungerer, da rede ePORTUGUÊSe da OMS em Genebra.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Andorinha em Dia da Língua Portuguesa (CPLP)

«O dia 5 de Maio foi fixado como a data em que é anualmente comemorada a “Língua Portuguesa e a Cultura da CPLP”, uma decisão saída do XIV Conselho de Ministros da CPLP, realizado em Junho de 2009, em Cabo Verde. 
Nesta data, os ministros dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores recomendaram aos Estados-membros, às instituições da CPLP, aos Observadores Associados e Consultivos e às diásporas dos países da CPLP, a comemoração do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, tendo em vista a sua afirmação crescente nos Estados membros e na Comunidade internacional, pelo facto de a língua portuguesa constituir, entre os povos da comunidade, um vínculo histórico e um património comum resultantes de uma convivência multissecular que deve ser valorizada, como também, a língua portuguesa é um meio privilegiado de difusão da criação cultural entre os povos que falam português e de projecção internacional dos seus valores culturais, numa perspectiva aberta e universalista
A Bankada Andorinha em Canchungo, na Guiné-Bissau, fez questão de estar todo o dia activa divulgando e promovendo esta data e evento. De manhã, no Liceu Regional Hô Chi Minh teve o apoio do director Herculano Luizinho Vaz, que imprimiu esta informação em folhas e que o próprio distribuiu na sala dos professores, e foi colocada no placard da Oficina da Língua Portuguesa do PASEG. Os elementos da Bankada Andorinha passaram por cada sala e foram deixando escrito nos respectivos quadros “Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP”, respondendo a solicitações de informação.
Da parte da tarde, repetiram esta operação no Liceu e ainda passaram pela Escola 1.º de Junho e pela Escola Adventista ADRA.
À noite, foi tema no programa semanal Andorinha na Rádio Comunitária Uler A Baand, animado pelos jovens Sinfon Djatá, Dona Paula Mendes e Djenabú Djaló.
Esta Andorinha vai voando pela Língua Portuguesa...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Andorinha em agradecimento

Marcolino Elias Vasconcelos
Bankada Andorinha
Canchungo
Guiné-Bissau
05/04/11

À Latitude Zero

É com grande satisfação ter recebido essa vossa equipa a nossa terra e a Bankada Andorinha, em particular.
Como tudo começou e terminou, não tenho palavras para as explicar, mas é só para dizer que a primeira notícia da vossa vinda deixou-me muito preocupado, porque estamos num trabalho muito simples e de base com os nossos irmãos de maneiras que não imaginava receber uma visita destas.
Quando o grupo chegou à Bankada naquelas conversas tidas com os elementos da Bankada, logo comecei a sentir a importância desse encontro, porque foram horas de conversas em que quase todos conseguiram falar abertamente e até pareciam que ninguém já sabia falar o crioulo, que outrora constituia grande barreira na comunicação.
Para tal, a todos os que nos aceitaram visitar, apesar das imensas dificuldades encontradas (condição das estradas, falta da iluminação, comunicação), isso para me constitui motivo de ânimo e coragem na promoção da nossa língua e cultura. Aproveito deixar do fundo do meu coração o meu muito obrigado e fico esperançado de podermos fazer algo ainda mais e levar a nossa voz onde não podemos chegar.
Em suma, a língua portuguesa e a cultura em língua portuguesa é a nossa identidade, só resta unamos as acções concretas para a sua promoção.
Com a língua voamos como Andorinha e sentimos irmãos.
Marcolino E. Vasconcelos
[Co-autor do programa radiofónico Andorinha e membro fundador da Bankada Andorinha,
 é um professor de referência na Região de Cacheu, sobretudo de Língua Portuguesa]