«Que o teu filho viva amanhã no mundo dos teus sonhos»
Amílcar Cabral, Outubro de 1944

postal

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Diário II


«No Aeroporto, a espera recolha de bagagens é um exercício caótico! Apenas porque o tapete rolante é pequeno e aglomeram-se todos os passageiros de um avião grande e todos trazemos muita bagagem – a nós como ONG foi-nos permitido o máximo de 50 quilos. A forte chuvada ensopou todos os sacos que não iam prevenidos enrolados em plástico – como os nossos!
Havia algumas mãos que ajudavam por ali. E depressa se descobriu que eram motoristas de táxi, que ao mesmo tempo sussurravam se não necessitávamos de táxi. [Um dos motoristas começou a meter conversa comigo – mais tarde, já na varanda da Pensão Central oiço um táxi parar na rua e apitar, azul e branco no tejadilho, como todos os táxis, e vejo o condutor acenar o braço e deitar a cabeça de fora pela janela: reconheço o taxista!]
Cá fora para se chegar com a bagagem à nossa carrinha estacionada do outro lado da estrada, procurando atravessar o tráfico de carros e os charcos de água, fomos ajudados por um enxame de miúdos atenciosos … que pedem moedas – não sei se algum de nós lhes deu.» [15.10.2006]

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